"Não confie em ninguém!". Essa máxima deve ser aplicada ao Coup, um party-game de 2 a 6 jogadores, ambientado numa cidade-estado italiana, administrada por uma corte corrupta, no qual diversas famílias disputam o poder. O jogo dura em média 15 minutos, é extremamente dinâmico, divertido e imprevisível.
Coup é um jogo de blefe, dedução e manipulação. Cada um dos jogadores é um representante de uma das tradicionais famílias italianas e, para atingir o controle da cidade-estado, deve influenciar personagens como o duques, capitães, condessas, embaixadores e até mesmo assassinos. Desse modo, cada jogador começa a partida com duas influências ou personagens ocultas que possuem determinadas habilidades como: coletar 3 moedas do Tesouro Central (Duque); extorquir outros jogadores (Capitão); trocar de identidade (Embaixador); assassinar outros personagens (Assassino); e evitar um assassinato (Condessa). O objetivo de Coup é manter oculta ao menos uma de suas influências até o final do jogo.
Influências de Coup: Capitão e Condessa. |
Em Coup vale tudo, inclusive mentir para seus "colegas" sobre quais influências se tem em mãos, e, caso seu blefe seja bem sucedido, aplicar com eficácia seus efeitos. No entanto, tome cuidado ao blefar, pois os jogadores podem contestar a sua ação. Caso você de fato possua a influência, aquele que contestou deve revelar uma de suas influências. Caso contrário, é você quem sai perdendo na história. Portanto, todo cuidado é pouco nesse jogo!
O vencedor é aquele que conseguir melhor manipular os demais jogadores, escapar dos assassinatos e golpes de Estado dos colegas e revelar as influências secretas dos demais jogadores. Tal dinâmica cria um ambiente de intriga, no qual cada reação de seus "colegas" pode ser reveladora (ou não!) de suas estratégias de jogo. É preciso blefar, contestar, e, quando necessário, recuar em suas ações.
Além disso, você pode adotar a variante "Inquisidor", que possui uma pequena mudança na aplicação dos efeitos de um dos personagens. No caso, as cartas de Embaixador são substituídas pelas de Inquisidor. O Inquisidor, além de trocar uma de suas cartas de influência com o baralho, também pode olhar uma carta de um dos jogadores e forçar a troca.
Variante "O Inquisidor": as cartas de Embaixador são substituídas pelas do Inquisidor. |
No entanto, caso queira enriquecer de fato a experiência do jogo, recomendo fortemente que acrescente a expansão "A Reforma". Para além da mecânica tradicional de Coup, cada jogador recebe uma carta de religião (católica ou protestante), que acrescentam alianças provisórias entre aqueles que comungam da mesma religião. No entanto, tais alianças podem ser facilmente desfeitas por meio da conversão - voluntária ou forçada - à religião oposta, ação essa que pode ser realizada por qualquer jogador da mesa.
Expansão "A Reforma": cada jogador recebe uma carta de religião. Basta pagar 1 moeda para se converter à outra religião, ou converter o "colega" por duas moedas. |
Uma única observação quanto ao número de participantes: por ser um jogo de muita interação social, a dinâmica de Coup se perde entre dois jogadores. Sem sombra de dúvidas, Coup fica muito mais divertido com três jogadores ou mais. Além disso, Coup também possui variantes para até 10 jogadores, por meio do acréscimo de cartas de influência repetidas ao jogo. No entanto, tais mudanças acarretam o aumento substancial do tempo de jogo, motivo pelo qual o party game é indicado pela Funbox para até 6 jogadores.
Em suma, jogue Coup e se divirta bastante com seus amigos!
E que a força esteja com vocês!
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